A festa da liberdade foi há 37 anos, em 1974. Ao som da música de José Afonso,Grândola,vila morena (senha do início da revolução), na Rádio Renascença, os soldados saíram dos quartéis e ocuparam alguns lugares estratégicos da cidade de Lisboa.
As operações militares foram entregues a Otelo Saraiva de Carvalho; o primeiro-ministro Marcello Caetano acabou por se render às tropas do capitão Salgueiro Maia. A população saiu à rua e apoiou a revolução, distribuindo alimentos aos soldados e chegando mesmo a cercar a sede da PIDE/DGS.
A revolução ficou igualmente conhecida por Revolução dos Cravos, porque algumas vendedoras de flores começaram a distribuir cravos pelos soldados.
Portugal tinha renascido após 48 anos de ditadura.
A propósito, recordemos Sophia de Mello Breyner Andresen:
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
e Manuel Alegre:
As mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Para aprenderes mais sobre esta bela revolução, lê este guia de acontecimentos em banda desenhada:
Eis algumas imagens da comemoração do 25 de Abril na nossa BE:
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