Fontes Pereira de Melo
António Maria Fontes Pereira de Melo nasceu em Lisboa em 1819. Seguiu a carreira militar, tendo ingressado na arma de engenharia.
Participou nas campanhas da Patuleia (guerra civil entre cartistas e setembristas, na sequência da Revolução da Maria da Fonte), ao lado do duque de Saldanha, e veio a integrar o 1º governo da Regeneração, tornando-se um dos seus mais destacados políticos. O seu programa traduzia-se em 2 palavras: estradas e caminhos-de-ferro, impulsionando o lançamento da rede de vias férreas. Entre 1851 e 1886, ocupou as pastas de Ministro da Fazenda, Ministro das Obras Públicas, e Presidente do Conselho. A partir de 1858, torna-se chefe do Partido Regenerador. Até à sua morte, que ocorreu em 1887, manter-se-á ora na oposição ora no governo, e desempenhará ainda outros altos cargos políticos.
Foi nas suas diversas passagens pelo governo, que levou a cabo o seu projeto de modernização e de progresso material do país. O 1º grande investimento fez-se sentir na construção rodoviária, seguindo-se a revolução ferroviária com a inauguração, pelo rei D.Pedro V, em 1856, do 1º troço de via-férrea que ligava Lisboa ao Carregado.
Homem dotado de uma grande energia, nada o fatigava, nem mesmo a atmosfera de hostilidade que envolveu os seus planos.
Segundo Eduardo Noronha, um dia na Câmara, um deputado e dos menos agressivos, dizia:
"- Ao país basta um caminho-de-ferro.
- Pois a mim, custa-me contentar com dois - redarguiu Fontes Pereira de Melo prontamente."
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