Hoje, 5 de Outubro, data da Implantação da República, não foi comemorada como em anos anteriores, e é de lamentar. E, porquê? Porque este dia deixou de ser considerado feriado nacional. Desaparece, assim, todo o seu significado histórico. Estas gerações mais novas deixarão de ter mais uma referência histórica do nosso país. A nossa BE/CRE, contudo continuou no seu propósito de deixar um registo desta data, assinalando-a com uma exposição num painel, para que os alunos possam olhar e ler o que aconteceu naquela data longíqua do ano de 1910. Se calhar os mais distraídos não o farão ..., mas o registo está lá.
E os nomes de todos os Presidentes da República ao longo dos últimos 100 anos.
Deixo, também, aqui um apontamento referente a esta data, escrito por Pulido Valente, e para refletir.
Este é o primeiro ou segundo ano em que não se comemora o "5 de
Outubro". Mas nunca a "estranha" queda da Monarquia foi tão importante
para compreender a política portuguesa. A origem dessa queda começou na
degradação dos partidos do regime (o Partido Regenerador e o Partido
Progressista), que pouco a pouco se dividiram em quadrilhas (cada uma
com seu chefe ou "marechal") e se combateram ferozmente com a prestante
ajuda dos revolucionários republicanos. A história começou com o vexame
diplomático do "Ultimato Inglês", continuou com sucessivas crises
financeiras de 1890 a 1902, para acabar no assassinato de D. Carlos em
1908 e no caos que ele necessariamente provocou. Durante vinte anos, nem
os regeneradores, nem os progressistas se conseguiram entender para
fortalecer a Monarquia de que, afinal de contas, a sua própria
sobrevivência dependia.
Sem comentários:
Enviar um comentário